Abril foi marcado por redução expressiva das exportações brasileiras de mamão. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume enviado foi de apenas 2,3 mil toneladas no mês passado, quantidade 46% menor frente a março. A arrecadação, por sua vez, foi de US$ 2,2 milhões, queda de 45% na mesma comparação.
Os principais motivos para essa queda estão relacionados aos impactos da pandemia do novo coronavírus na via aérea brasileira, visto que houve suspensão de boa parte dos voos internacionais e aumento no frete de aviões cargueiros (dos poucos que ainda estão em funcionamento) – segundo agentes, esse tipo de aeronave necessita de maior tempo para que a carga mínima seja preenchida, o que também restringe embarques de frutas muito perecíveis, como o mamão.
Vale destacar que, neste período, a participação da via marítima nos embarques de mamão aumentou, já que esse tipo de transporte foi menos afetado. Os exportadores nordestinos, por sua vez, foram os responsáveis por esse incremento. Em abril, 25% dos envios ocorreram por essa via (573 toneladas), enquanto representava apenas 2% em março (71 toneladas), segundo a Secex.
Para maio, as restrições no espaço aéreo para os voos internacionais devem continuar afetando as exportações brasileiras da variedade. Destaca-se, ainda, que a chegada da primavera no hemisfério Norte (países da Europa e Estados Unidos) também pode limitar o consumo de mamão, já que a disponibilidade de outras frutas locais começa a aumentar.
Fonte: hfbrasil.org.br