Apesar de as exportações brasileiras de mamão terem sido bastante afetadas nos meses mais críticos da pandemia da covid-19, devido à restrição de voos internacionais e ao aumento do custo do frete aéreo, agora, têm se recuperado. Este cenário, inclusive, já permitiu que o volume enviado se aproximasse ao de 2019.
De acordo com dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex), 35,7 mil toneladas foram exportadas na parcial de 2020 (janeiro a outubro), quantidade apenas 1% inferior à do mesmo período do ano passado. Já a receita, em dólar, caiu um pouco mais, 12%, na mesma comparação, somando US$ 34,4 milhões (FOB). Mesmo assim, a valorização do dólar frente ao Real deve garantir bons retornos ao exportador brasileiro.
O principal destino continuou sendo a União Europeia, que consumiu 74% do total enviado na parcial do ano. Destaca-se que houve leve redução da quantidade embarcada para este destino, pois, apesar do aumento para Holanda (+51%) e França (+22%), houve redução para Portugal (-28%), Espanha (-10%) e Alemanha (-8%).
É importante destacar que, apesar de os países do Mercosul corresponderem a apenas 5% do volume total no período, houve aumento de 317% frente ao ano passado, devido à maior facilidade logística – por não necessitar de embarques aéreos, ao contrário da Europa, servindo como uma rota alternativa para a cultura.
Para os próximos meses, exportadores estão com receio do que possa acontecer na segunda onda da covid-19 na Europa, já que alguns países entraram em lockdown (mesmo que ainda brando), o que poderia impactar, sobretudo, na logística aérea.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex